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Este blog foi criado para professores de 4º e 5º ano que encontram dificuldades para achar atividades. Algumas são criadas por mim e outras selecionadas dos grupos que participo. Se alguma atividade é de sua autoria me escreva para que dê os devidos créditos. Revise o conteúdo antes de utilizar. Não possuo os gabaritos. Tenho apenas as atividades.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Os Animais e a Peste


            Em certo ano terrível de peste entre os animais, o leão, mais apreensivo, consultou um mono de barbas brancas.
            - Esta peste é um castigo do céu – respondeu o mono – e o remédio é aplicarmos a cólera divina sacrificando aos deuses um de nós.
- Qual? – perguntou o leão.
- O mais carregado de crimes.
O leão fechou os olhos, concentrou-se e, depois duma pausa, disse aos súditos reunidos em redor:
-Amigos! É fora de dúvida que quem deve sacrificar-se sou eu. Cometi grandes crimes, matei centenas de veados, devorei inúmeras ovelhas e até vários pastores. Ofereço-me, pois, para o sacrifício necessário ao bem comum.
A raposa adiantou-se e disse:
- Acho conveniente ouvir a confissão das outras feras. Porque, para mim, nada do que Vossa Majestade alegou constitui crime. Matar veados – desprezíveis criaturas; devorar ovelhas – mesquinhos bichos de nenhuma importância; trucidar pastores – raça vil merecedora de extermínio! Nada disso é crime. São coisas até que muito honram o nosso virtuosíssimo rei leão.
            Grandes aplausos abafaram as últimas palavras da bajuladora – e o leão foi posto de lado como impróprio para o sacrifício.
Apresenta-se em seguida o tigre e repete-se a cena. Acusa-se de mil crimes, mas a raposa prova que também o tigre era um anjo de inocência.
E o mesmo aconteceu com todas as outras feras.
Nisto chega a vez do burro. Adianta-se o pobre animal e diz:
- A consciência só me acusa de haver comido uma folha de couve na horta do senhor vigário.
Os animais entreolharam-se. Era muito sério aquilo. A raposa toma a palavra:
- Eis, amigos, o grande criminoso! Tão horrível o que ele nos conta, que é inútil prosseguirmos na investigação. A vítima a sacrificar-se aos deuses não pode ser outra porque não pode haver crime maior do que furtar a sacratíssima couve do senhor vigário.
Toda a bicharada concordou e o triste burro foi unanimemente eleito para o sacrifício.
(Monteiro Lobato. Fábulas.)


Entendimento do texto

1)    Na opinião do mono de barbas brancas, qual a origem da peste entre os animais? (0,5)
2)    Qual a solução que foi apontada pelo mono para aplacar a cólera divina? (0,5)
3)    Que fez o leão diante da resposta do mono? (0,5)
4)    Qual foi a opinião da raposa sobre a decisão do leão?( 0,5)
5)    O que acharam os outros animais das palavras da raposa? (0,5)
6)    Por que nenhuma das outras feras foi considerada própria para o sacrifício? ( 0,5)
7)    Por que  foi o burro que acabou sendo condenado? (0,5)
8)    Por que o autor chama a raposa de bajuladora? (0,5)
9)    Escreva uma frase que, na sua opinião, pode resumir a moral dessa fábula.  (1,0)
10) Que situação humana poderia ser relacionada a essa fábula?  (1,0)

Gramática textual

11) Retire do texto:

a)    uma oração no presente do indicativo. (0,5)

b)    uma oração no pretérito perfeito do indicativo.   (0,5)

12) Observe:
a) “Grandes aplausos abafaram as últimas palavras da bajuladora – e  leão foi posto de lado como impróprio para o sacrifício. ( . . .)
E o mesmo aconteceu com todas as outras feras.”

Reescreva o trecho acima, modificando-o para o futuro do indicativo.(1,0)

     b) “Apresenta-se em seguida o tigre e repete-se a cena. Acusa-se de mil crimes, mas a raposa prova que também o tigre era um anjo de inocência.”

        Reescreva o trecho acima modificando-o para o pretérito perfeito do indicativo. (1,0)

                 
                                                     Professora Nádia Aparecida


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