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Este blog foi criado para professores de 4º e 5º ano que encontram dificuldades para achar atividades. Algumas são criadas por mim e outras selecionadas dos grupos que participo. Se alguma atividade é de sua autoria me escreva para que dê os devidos créditos. Revise o conteúdo antes de utilizar. Não possuo os gabaritos. Tenho apenas as atividades.

sábado, 13 de novembro de 2010

Brinquedo não Basta

Além de presentes, as crianças querem mais atenção e conversa. Mas admitem: a bronca também é necessária.

Carros de Barbie, jogos de Pokémon, bolas de basquete. São muitas as possibilidades para os pais que querem e podem agradar seus filhos com brinquedos no dia das crianças. A insistência infantil e o bombardeio da mídia tornam o ato de presentear uma gostosa obrigação. É quase impossível resistir e, realmente, não é necessário – desde que o presente não seja uma compensação de cuidados e carinhos eternamente adiados. Por trás do olhar brilhante e do sorriso escancarado diante do presente esperado, há o desejo e a necessidade, mesmo que inconscientes de sentir-se amparados. Não é só. Crianças precisam contar com pais que além de jogar videogames saibam dizer não quando é preciso, que não sejam flexíveis demais a ponto de deixá-las à deriva, sem referências quanto ao que é certo ou errado, que não falem uma coisa e façam outra. E que saibam ouvi-las.
As vezes, basta um abate papo despretensioso. Consultados sobre o que consideram obrigação dos pais e o que mudariam no comportamento deles, quatro crianças de faixas etárias diferentes surpreenderam pela clareza de suas opiniões. Simoni, 5 anos, acha que o pai deve protegê-la. João, 7 anos, quer que a mãe trabalhe menos. Vitor, 9 anos, deseja que os pais sejam mais pacientes. Bianca, 10 anos, ficaria feliz se o pai conversasse mais com ela. Claro que nem todas as crianças conseguem exprimir suas insatisfações. Não raro, o desejo se manifesta às avessas e de maneira cifrada, com irritação excessiva, choro fácil, desinteresse escolar, dificuldade de aprendizagem, timidez ou resistência a regras. Então, porque não fazer do Dia das Crianças, um bom momento para refletir sobre o que os pequenos querem e precisam, além de brinquedos?
“Meu maior presente seria ver minha mãe trabalhando menos, meu pai não trabalha tanto quanto ela mas, como eles são separados, só fico com eles nos finais de semana. Não pediria para eles voltarem a namorar porque gosto muito da namorada do meu pai e do namorado da minha mãe. Mas, se eu pudesse pediria para todos os pais e mães do mundo ficarem mais com seus filhos, pelo menos no Dia das Crianças. Se a gente tem de passar todo o Dia dos Pais com eles e todo o Dia das Mães com ela, por que eles não passam todo o Dia das Crianças com a gente?” – diz Fernando, de 7 anos.
Essa não é uma tarefa simples. Principalmente porque as necessidades infantis vão se alterando de acordo com a faixa etária. O tipo de atenção que um bebê precisa não é o mesmo que um pré-adolescente exige. O que não quer dizer que, por ser mais independente, ele tenha maturidade suficiente para decidir se vai ou não a escola. “Os filhos precisam olhar para cima e encontrar alguém mais forte do que eles, com quem possam contar como guia”, observa Daiana Corso, da Associação Psicanalítica de Porto Alegre. Desconsiderando as particularidades de cada fase, há conceitos que não se podem esquecer. Eles vão da tão batida questão da imposição de limites à formação de valores éticos.
Limites – por mais que reclamem, os filhos precisam de regras, até para terem contra o que se rebelar. “Sem limites, a criança pensa que pode tudo e essa não é a realidade do mundo. Reconhecer a autoridade e a hierarquia capacita a conviver em sociedade”, afirma a psicóloga Ana Olmos, diretora do Centro de Estudos Multidisciplinares para o Desenvolvimento da Criança, do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Marina Caruso e Rita Moraes. Isto é, 15 nov. 2000. (Fragmento).

Análise do texto

1.     Segundo o texto, há hoje uma grande variedade de brinquedos a escolha dos pais que querem ou podem adquiri-los.

a.    As autoras do artigo, são contra presentear as crianças no Dia das Crianças? Por quê?
b.    A insistência infantil e o bombardeio da mídia, segundo o texto, podem tornar o ato de presentear uma “gostosa obrigação”. Na sua opinião, o brinquedo tem,  nesse caso um significado especial na vida da criança? Por quê?

2.    Qual é a opinião defendida pelas autoras no primeiro parágrafo do texto?

3.    Segundo o texto, além de presentes, as crianças querem mais atenção e conversa.

a.    Muitas crianças ganham brinquedos, mas não têm com quem brincar. Os pais que você conhece brincam com seus filhos? Por quê?
b.    A seu ver, como os pais deveriam distribuir melhor suas funções para terem mais tempo para os filhos?

4.    O que as crianças esperam de seus pais?

5.    Fernando, de 7 anos, tem uma teoria própria sobre o papel dos pais em relação aos filhos. Qual é a opinião dele?

6.    Qual o tipo de atenção exigido por um bebê e qual o tipo de atenção exigido por um pré-adolescente? 

7.    Segundo o texto, quando as crianças não sentem amadas, quais são as conseqüências? 

5 comentários:

  1. anna gabryella gomes da silva7 de dezembro de 2012 às 07:24

    amei esse texto nunca tinha lido um texto tão bom amei!!!

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  2. gabryella assis da silva7 de dezembro de 2012 às 07:27

    que lindo esse texto!!!

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  3. adorei tenho q concordar!!!

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    1. oi adorei o texto a autora fez um otimo trabalho!!!!

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