Bem-vindos!!!!

Este blog foi criado para professores de 4º e 5º ano que encontram dificuldades para achar atividades. Algumas são criadas por mim e outras selecionadas dos grupos que participo. Se alguma atividade é de sua autoria me escreva para que dê os devidos créditos. Revise o conteúdo antes de utilizar. Não possuo os gabaritos. Tenho apenas as atividades.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Avaliação Magali


A tirinha de Magali faz referência a uma história bíblica. Que elemento NÃO pertence à história original?

a)     (      ) fruta.
b)     (      ) árvore.          ( 1,0)
c)     (      ) Magali
d)     (      ) serpente.

QUESTÃO 2 :   A intenção do autor ao produzir essa tirinha é:       ( 0,5 )

a)     (      ) relembrar a história da criação humana utilizando-se novos personagens.
b)     (      ) usar Magali, a personagem gulosa, para brincar com a história do fruto do pecado.
c)     (      ) revelar o que realmente ocorreu com o fruto do pecado e a serpente.
d)     (      ) esclarecer que não há Adão na história, somente a serpente e a mulher.

QUESTÃO 3  :    Leia o texto 3 vezes antes de responder as questões:

                                Na casa da vovó

Domingo era dia de casa da vovó. Mal eu acordava, Pedrinho, meu irmão caçula, já vinha gritando:
– Anda, Joca, anda depressa, seu moleza! Nós já tamos indo pra casa da vovó!
Vovó Lena morava numa casa, no bairro Floresta. Não era uma casa luxuosa, nem muito grande, mas seus nove netos mal podiam esperar chegar o domingo. Gostávamos tanto de passar o dia lá! Não sei se era por causa de seu enorme quintal cheio de árvores, onde brincávamos sem parar, ou se era pelo tamanho do coração da vovó, que nos enchia de mimos e fazia todas as nossas vontades.
No quintal, havia muitas árvores: mangueiras, jabuticabeiras e até um antigo jatobá. Ali, armávamos nossas cabanas e nos transformávamos em índios; construíamos nossas naves nos altos galhos do velho jatobá e virávamos astronautas; fazíamos nossos barcos e já éramos piratas. Então, vovó chegava com sua enorme bacia de pipoca, jarras de suco... Fazíamos nosso piquenique.
Ah! Aquele domingo! Como me lembro daquele domingo, tão diferente dos outros! Chegamos à casa da vovó, ela não nos esperava na varanda para nos abraçar, como de costume. No lugar dela, lá estava tia Maria, que foi logo chamando o papai:
–  Vem depressa, Antônio! Mamãe não está passando bem! – Crianças, não façam barulho! -ela nos recomendou.
Nós, crianças, sentamos nos degraus da varanda. Como podíamos brincar sem fazer barulho?
Meia hora depois, chegava o Dr. Rodrigo, médico da família, com sua maletinha preta. Ficamos apreensivos.
            –  Pedrinho, o xodó da vovó, por ser o menorzinho, foi logo perguntando:
–  O que tá acontecendo? Cadê a vovó? Por que ela não tava nos esperando?
–  Cala a boca, menino! – gritou Tetê, a prima mandona.
De repente, percebi. Estávamos nervosos, porque tínhamos medo. Vovó estava doente!
Tio Zeca e tia Naná apareceram. Levaram-nos para sua casa, tentaram nos distrair. Contaram-nos histórias, organizaram brincadeiras, mas não tinha graça. Tia Naná fez pipoca, mas não era a pipoca da vovó...
Nunca mais comi a pipoca da vovó... Nunca mais vi a vovó...
Hoje, depois de tantos anos, passo, com meu netinho, naquela velha rua da Floresta. Tento mostrar-lhe a velha casa de minha avó, lugar de sonhos e brincadeiras de minha infância, porém ele não a vê. Em seu lugar, está um alto prédio todo envidraçado, abrigando muitas famílias.
Mas eu ainda sinto os carinhos da vovó e a presença da casa com seu quintal.

Cláudia Araújo
3.1 Use V( verdadeiro )  ou F( falso )  para as afirmativas abaixo:  ( 1,0)

a-(     ) A casa da vovó era grande e confortável.
b-(     ) As crianças gostavam de ir lá porque podiam brincar bastante.
c-(     ) Tia Naná e tio Zeca tentaram e conseguiram substituir a vovó.
d-(     ) A menina ainda guarda lembranças da infância.

3.2- “Ah! Aquele domingo! Como me lembro daquele domingo, tão diferente dos outros!”

-Por que aquele domingo foi considerado diferente? ( 1,0)
a-(      ) A vovó tinha ficado doente
b-(      ) A vovó fez  pipocas
c-(      ) Brincamos o dia todo nas árvores do quintal

-Qual foi a primeira diferença que os meninos notaram? ( 1,0)
a-(      ) A casa estava que era só barulho.
b-(      ) Vovó esperava as crianças na entrada da casa.
c-(      ) A  vovó não nos esperava na varanda como era de costume.

3.3- Lá, naquele quintal, as crianças faziam de tudo, EXCETO: ( 1,0)

a-(      ) armavam suas cabanas
b-(      ) nadavam no riacho
c-(      ) construíam suas naves
d-(      ) faziam seus barcos

Questão 4 – Leia o texto abaixo e responda:
                             Pipoca & Batatinha – Quando Um Não Quer, Dois Não Brigam
O espetáculo conta a história de divertidos palhaços, cheios de manias, gostos e vontades extremamente opostos, que encaram a difícil tarefa de conviver.
       Minas Shopping(av. Cristiano Machado, 4.000, União.) 15:30, sábado e domingo, às 16h30. Entrada franca.




4.1 – O  tipo de texto descrito acima é: ( 0,5)
          a-(     ) uma notícia
          b-(     ) uma classificação
          c-(     ) uma propaganda
          d-(     ) uma receita        
4.2- O assunto do  espetáculo  será sobre: ( 0,5)
          a- (     )  pipocas         
          b- (     )  gostos e vontades    
          c- (     )  shoppings   
          d- (     ) divertidos  palhaços   

Questão 05

                         Pepita a piaba

Lá no fundo do rio, vivia Pepita: uma piaba miudinha.
Mas Pepita não gostava de ser assim.
Ela queria ser grande... bem grandona...
Tomou pílulas de vitamina... Fez ginástica de peixe... Mas nada... Continuava miudinha.
– O que é isso? Uma rede?
Uma rede no rio! Os pescadores!
Ai, ai, ai... Foi um corre-corre... Foi um nada-nada...
Mas... muitos peixes ficaram presos na rede.
E Pepita?
Pepita escapuliu... Ela nadou, nadou pra bem longe dali!
.                                                CONTIJO, Solange A. Fonseca. Pepita a piaba. Belo Horizonte: Miguilim, s.d.
No trecho “Lá no fundo do rio, vivia Pepita” , a expressão sublinhada dá idéia de: ( 0,5  )
        a- (    ) causa.
        b -(    ) explicação.
        c- (    ) lugar.
        d- (    ) tempo.

Questão  06

                                    O cabo e o soldado

Um cabo e um soldado de serviço dobravam a esquina, quando perceberam que a multidão fechada em círculo observava algo. O cabo foi logo verificar do que se tratava.
Não conseguindo ver nada, disse, pedindo passagem:
— Eu sou irmão da vítima.
Todos olharam e logo o deixaram passar.
Quando chegou ao centro da multidão, notou que ali estava um burro que tinha acabado de ser atropelado e, sem graça, gaguejou dizendo ao soldado:
— Ora essa, o parente é seu.

Revista Seleções. Rir é o melhor remédio. 12/98, p.91.

No texto, o traço de humor está no fato de:  ( 0,5 )
a-(    )  o cabo e um soldado terem dobrado a esquina.
b-(    )  o cabo ter ido verificar do que se tratava.
c-(    )  todos terem olhado para o cabo.
d-(    )  ter sido um burro a vítima do atropelamento.

Questão 07

_ Juquinha ,você sabe por que os pintinhos saem dos ovos?
_ Sei sim mãe. Eles saem para não acabar na frigideira também!

Eles saem para não acabar na frigideira também! A palavra grifada refere-se a: ( 0,5)

a-    (     ) aos ovos     b-(    ) aos pintinhos      c-(  )    á mãe         d-(     ) ao Juquinha

Maria do Carmo Moura

Baby ( Justin Bibier)

                                                                  

Você sabe que me ama, eu sei que você se importa
Você sempre grita, e eu estarei lá
Você quer o meu amor, quero meu coração
E nós nunca nunca nunca estaremos separados

Somos um item? Menina, pare de brincar
Nós somos apenas amigos, que você está dizendo
Portanto, há um outro, olha direto nos meus olhos

Meu primeiro amor quebrou meu coração pela primeira vez,
E eu era como
Baby, baby, oooh baby
My baby, baby, baby noo
My baby, baby, oooh baby
Eu pensei que você seria minha para sempre

Baby, baby, oooh baby
My baby, baby, baby noo
My baby, baby, oooh baby
Eu pensei que você seria sempre minha, oh oh

Por você, eu teria feito qualquer coisa
E agora eu simplesmente não posso acreditar, nós não estamos juntos
E quer jogar legal, mas eu estou perdendo você
Eu vou comprar alguma coisa, eu vou comprar qualquer anel
E agora estou em pedaços, baby me consertar
Venha e me abalar até você me acordar desse sonho ruim

Eu estou indo para baixo, para baixo, dooown

Baby, baby, oooh baby
My baby, baby, baby noo
My baby, baby, oooh baby
Eu pensei que você `d sempre será minha

Baby, baby, oooh baby
My baby, baby, baby noo
My baby, baby, oooh baby
Eu pensei que você  sempre será minha

Você pode me dar todo seu amor,
Mas às vezes não será o amor
Ninguém me disse que esse dia chegaria,
Agora eu me fui
Você pode dar todo seu amor,
Mas às vezes não será o amor
Ninguém me disse que esse dia chegaria

E eu era como
Baby, baby, oooh baby
My baby, baby, baby noo
My baby, baby, oooh baby
Eu pensei que você  sempre será minha

Yeah Yeah (5x)
Agora eu me fui, fui, fui, ooh
Eu fui, ooohh

Esta é a tradução de uma música que está nas primeiras faixas de sucesso: Baby de Justin Bieber. Responda:


1)    Além de seu uma música, que tipo de texto é esse? Como você percebeu isso?

2)    Existe, no texto, alguma palavra que você desconheça? Copie-a caso exista.

ESTUDANDO O TEXTO

1)    O personagem do texto é masculino ou feminino? Como você descobriu?


2)    O personagem vive um grande conflito. Identifique esse que conflito e copie-o.


3)    A adolescência é uma fase de muitas descobertas, mudanças, conflitos, frustrações, emoções e é nessa fase que nos aproximamos do sexo oposto. O personagem do texto tenta insistentemente atenção do sexo oposto. Que tipo de proximidade eles tem? Com que ele tem uma situação mal resolvida?


4)    O que você acha desse tipo de relacionamento cheio de cobrança, desespero,
sofrimento?

5)    Se você fosse o personagem do texto, como você resolveria esse conflito ?

TRABALHANDO A GRAMÁTICA

1)    Retire do texto 5 verbos e escreva em que tempo eles estão presente, passado ou futuro)

2)    Escreva uma frase usando  o verbo e o tempo verbal indicado nos parentes.

a)    ( fazer – presente)
b)    ( sonhar – futuro)
c)    ( conversar – passado)

3)    Leia:

“Justin Bieber é um famoso cantor que surgiu nas paradas de sucesso recentemente. Aos quinze anos adquiriu fama e sucesso. Brilhará muito ainda...”

·         Circule os verbos no trecho acima e classifique-os quanto ao tempo verbal ( presente, passado e futuro).

                                                          


 Contribuição de Josy para Professores Solidários.
                                                                                   

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Sopa de Macarrão


            O filho olha emburrado o prato vazio, o pai pergunta se não está com fome. Com fome eu tô, não to é com vontade de comer comida de velho.
            Lá da cozinha a mãe diz que decretou De-cre-tei! que ou ele come legumes e verduras, ou vai passar fome.
            Não quero filho meu engordando agora para ter problemas de saúde depois. Só quer batata frita e carne, carne e batata frita!
            Ela vem com a travessa de bifes, o pai tira um, ela senta e tira o outro, o filho continua com o prato vazio.
            Nos Estados Unidos continua ela um jornalista passou um mês comendo só fastfood, engordou mais de seis quilos!
            E como é que ele agüentou um mês só comendo isso?! perguntou o pai, o filho responde:
Porque é gostoso! E pega com nojo uma folhinha de alface, põe no prato e fica olhando como se fosse um bicho.
            A mãe diz que é preciso ao menos experimentar para saber o que é ou não gostoso, e o pai diz que, quando era da idade dele, comia cenoura crua, pepino, manga verde com sal, comia até milho verde cru.
            E devorava o cozido de legumes da sua avó! E essa alface? Pra comer, é preciso botar na boca...
            O filho enfia a alface na boca, mastiga fazendo careta, pega um bife, a mãe pula na cadeira, pega o bife de volta:
            Não-senhor! Só com salada pra valer, arroz, feijão, tudo!
            Ele continua olhando o prato vazio, até que resmunga:
            Se vocês sempre comeram tão bem, como é que acabaram barrigudos assim?
            O pai diz que isso é da idade, o importante é ter saúde.
            E você, se continuar comendo só fritura, carne, doce e refrigerante, na nossa idade vai pesar mais de cem quilos!
            No Japão resmunga ele podia ser lutador de sumo e ganhar uma nota.
            E no Natal cantarola a mãe vai ser Papai Noel né? E Rei Momo no carnaval... Não tripudie diz o pai. Ele ainda vai comer de de tudo. Quando eu era menino, detestava sopa. Aí um dia minha mãe fez sopa com macarrão de letrinhas, passei a gostar de sopa!
            O filho pergunta o que é macarrão de letrinhas, o pai explica. Ele poê na boca uma rodela de tomate, o pai e a mãe trocam um vitorioso olhar. O pai faz uma voz doce:
            Está descobrindo que salada é gostoso, não está?
            Não, peguei tomate para tirar da boca o gosto nojento de alface, mas acabo de descobrir que tomate também é nojento.
            Mas catchup você come não é? Pois é feito de tomate!
            E ele também não come ovo emenda a mãe mas come maionese, que é feita de ovo!
            O filho continua olhando o prato vazio.
            Coma ao menos feijão com arroz diz o pai.
            Ele pega uma colher de feijão, outra de arroz dizendo que viu um filme onde num campo de concentração só comiam assim pouquinho, só o suficiente pra sobreviver... Mastiga tristemente, até que o pai lhe bota o bife no prato de novo, mas a mãe retira novamente:
            Ou salada ou nada! Sem chantagem sentimental!
            O pai come dolorosamente, a mãe come furiosamente, o filho olha o prato tristemente.
            Depois a mãe retira a comida, ele continua olhando a mesa vazia. Na cozinha, o pai sussura para ela:
            Mas ele comeu duas folhas de alface, não pode comer dois pedaços de bife?!...
            Ela diz que de jeito nenhum, desta vez é pra valer; então o pai vai ler o jornal, mas de passagem pelo filho, pergunta se ele não quer um sanduíche de bife com salada, claro. Não, diz o filho, só quer saber de uma coisa da tal sopa de letras. O pai se anima:
            Pergunte, pergunte!
            Você podia escrever o que quisesse com as letras no prato?
            Claro! Por que, o que você quer escrever?
            Hambúrguer, maionese e catchup.
            É teimoso que nem o pai, diz a mãe. Teimoso é quem teima comigo, diz o pai. O filho vai para o quarto, só sai na hora da janta: sopa de macarrão. Então, vai escrevendo, e engolindo as palavras: escravidão, carrascos, nojo, e enfim escreve amor, o pai e mãe lacrimejam, mas ele explica :
            Ainda não acabei, tá faltando letra pra escrever: amo rosbife com batata frita...
Domingos Pellegrini
Antologia de crônicas: crônica brasileira contemporânea. São Paulo: Moderna, 2005.

1)  Assinale o fato narrado nessa crônica.
(   ) Pai, mãe e filho discutem na mesa de almoço e jantar sobre a alimentação do filho.
(   ) Pai e filho querem comer bife com batatas todos os dias.

2)  Que personagens participam dessa crônica?


3) Assinale o tipo de narrador dessa história.

(   ) Narrador-personagem, pois é a personagem principal que conta o que aconteceu com ela.

( ) Narrador-observador, porque é alguém que não participa da história, e que narra o acontecimento.
4) Em que momentos do dia acontecem esses diálogos?

5) Por que o pai e a mãe lacrimejam ao ver a palavra amor escrita na sopa?

6) Releia a última fala.
- Ainda não acabei, tá faltando letra para escrever: amo rosbife com batata frita...

a) Que efeito essa fala causa no leitor?
(    ) tristeza         (    ) suspense                (    ) humor

7) Releia os trechos.
- Com fome eu tô, não tô é com vontade de comer comida de velho.

- E devorava o cozido de legumes da sua avó! E essa alface? Pra comer, é preciso botar na boca.

a)  A linguagem dos diálogos é sofisticada ou simples? Explique:

8) Identifique quem está falando em cada uma das falas.

a) __ Não quero meu filho engordando agora para ter problemas de saúde depois. Só que batata frita e carne, carne e batata frita.

b) __ Coma ao menos feijão com arroz.

c) __ Você podia escrever o que quisesse com as letras no prato?

9)  A história lida poderia ter acontecido na vida real? Por quê?

10) Leia o trecho e reescreva-o no futuro: ( 5 acertos)

O filho enfia a alface na boca, mastiga fazendo careta, pega um bife, a mãe pula na cadeira, pega o bife de volta.

 11) Relacione corretamente de acordo com os significados corretos das palavras:
(  1  ) peão                                  (       ) rabo de animal
(  2  ) pião                                   (      ) anular o mandato de um candidato
(  3  ) cauda                                (      ) brinquedo que roda
(  4  ) calda                                 (      ) apanhar aves ou animais
(  5  ) caçar                                  (     ) homem que monta em cavalos e touros
(  6  ) cassar                                (      ) xarope doce colocado em pudins

Adriana Carvalho

A Cerca

O menino Alexandre era muito bravo e mal-humorado, gritava com os outros, xingava e falava mal das pessoas. Seu pai deu-lhe então uma bolsa de pregos e disse que cada vez que gritasse com alguém, xingasse uma pessoa ou falasse mal de alguém, que martelasse um prego na cerca.
No primeiro dia, o menino pregou 37 pregos. No segundo, 30 e assim por diante, diminuindo o número a cada dia. Ele descobriu que era mais sensato controlar o seu temperamento explosivo do que ir até o fundo do quintal para martelar a cerca. Até que um dia ele não perdeu a razão nenhuma vez. Não maltratou, não brigou, não xingou, não falou mal de alguém. Enfim, foi um bom menino.
Quando disse que havia mudado de comportamento, seu pai então  disse a ele que a cada dia que pensasse em perder o controle, mas conseguisse segurar o controle e não fazer nada de errado, que ele fosse até a cerca e tirasse um dos pregos cravados na cerca. Até o dia em que ele não perdeu a razão nenhuma vez.
Os dias passaram e o Alexandre disse finalmente a seu pai que não havia mais pregos na cerca. Seu pai levou-o até lá e disse:
- “Muito bem, mas veja esses furinhos todos que ficaram aqui. A cerca nunca mais será a mesma. Quando magoamos uma pessoa, dizemos palavras que deixam cicatrizes. Por mais desculpas que peçamos, a cicatriz continuará lá. Não ofenda as pessoas, pois isto poderá deixar marcas para sempre...”


                                                                          Autor Desconhecido.

As mil e uma noites

Houve uma vez um reino muito feliz, até que seu jovem sultão resolveu casar-se. Pediu ao pai que escolhesse a noiva, como era de costume naqueles tempos, e alguns meses depois o casamento foi celebrado com muitas festas e banquetes. O sultão era um belo jovem, mas a princesa já estava apaixonada por outro quando se casou. Logo após o matrimônio, ela fugiu para encontrar-se com o antigo namorado. O jovem sultão a seguiu e descobriu que fora traído. Louco de ciúmes, ele a matou, mergulhando então numa fase de profunda infelicidade. Passou a desconfiar de todas as mulheres e a vingar-se da traição nas várias jovens com quem se casou depois: ao nascer do dia seguinte à cerimônia, mandava executar a noiva. Quando os pais das moças ficaram sabendo de sua loucura, começaram a esconder as filhas ou a enviá-las para longe.
Acontece que naquele mesmo reino havia uma moça muito formosa e inteligente que não temia o perigo. Seu nome era Sherazade. Desde pequena ela se interessava por livros. O pai encomendava livros de países distantes aos mercadores, e a menina os lia sem parar. Um dia ela disse ao seu pai:
– Papai, quero me casar com o sultão. Sei que posso curá-lo de sua loucura.
No início, o pai tentou demovê-la de sua decisão, pois temia pela vida de Sherazade. Mas a jovem, que tinha um plano, insistiu e ele acabou concordando.
O sultão naturalmente aceitou a proposta, porque já ouvira falar da beleza e inteligência de Sherazade. Deu ordens para que a união se realizasse naquela mesma semana, com fartura e dança.
Assim que a festa terminou e Sherazade ficou sozinha com o sultão, disse-lhe que precisava despedir-se da irmãzinha caçula pela última vez.
O jovem concordou. A menina foi chamada ao aposento real e, logo que entrou, foi dizendo:
– Por favor, Sherazade, conte-me uma história para que eu durma bem.
Com voz suave, Sherazade começou a contar histórias saídas de sua rica imaginação. Deliciado com as aventuras que ela narrava, o sultão se esqueceu do tempo, de sua loucura, de seu ódio e rancor.
Ao raiar do dia, Sherazade interrompeu a história, justamente na melhor parte, deixando o sultão curioso. E foi isso que ela fez durante muitas e muitas noites.
Quando haviam passado mil e uma noites repletas de histórias, o sultão, completamente apaixonado, disse:
– Minha amada, você me curou. Deixei de ser um monstro. Agora iniciarei um longo reinado de paz e felicidade.
E ele cumpriu sua promessa.
Heloísa Pietro. Lá vem história. Companhia das Letrinhas,
 1. Responda às questões de acordo com texto.

A história é contada:
( ) por Sherazade
( ) pelo sultão
( ) por um narrador
( ) pelo pai de Sherazade

2.  Sherazade é uma das personagens mais conhecidas da literatura mundial. Quais características são atribuídas a ela?
( ) inteligente
( ) triste
( ) confiante
( ) teimosa
( ) criativa
3.  Como eram feitos os casamentos dos sultões daquele povo
4.  Qual foi o motivo de o sultão ter se tornado um homem rancoroso?
5. Por que se podia dizer que Sherazade era alguém muito especial?
6.  Qual era a estratégia de Sherazade para despertar a curiosidade do sultão?
7. Explique o significado do título: “As mil e uma noites”, segundo o conto que você leu
8.  Observe no conto, que as características do sultão vão mudando no decorrer da história. Como podemos caracterizá-lo:
no começo da história?

no meio da história?

no fim da história?





9.  Reescreva cada frase, substituindo as palavras destacadas pela palavra ou expressão dos retângulos, sem mudar o sentido. Atenção: Use apenas quatro retângulos e faça alterações, caso seja necessário.

Caixa de texto: casamento Caixa de texto: abundânciaCaixa de texto: grande quantidade Caixa de texto:  resolução



Caixa de texto: afastá-laCaixa de texto: oferta Caixa de texto: ligação



a) No início, o pai tentou demovê-la de sua decisão, pois tinha medo pela vida de Sherazade.

b) O sultão naturalmente aceitou a proposta, porque já ouvira falar da beleza e inteligência de Sherazade

c) Deu ordens para que sua união se realizasse naquela mesma semana, com muita fartura e dança.
10. Leia a seguinte informação:
QUARTA-FEIRA, 24 DE NOVEMBRO DE 2010
Contação de Histórias: Evento sobre a ONG Doutores da Alegria
 (...) A Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – UFCSPA – propõe a formação integral e interdisciplinar de seus alunos. Assim dentro de seu ambiente acadêmico surgiu o projeto “Contação de histórias em ambiente hospitalar: a capacitação do profissional da saúde”. Criado pela professora Luciana B. Pinheiro, iniciou suas atividades no ano de 2009 e, desde então, ela conseguiu resultados surpreendentes: 150 participantes e 1 500 horas de visitas hospitalares.
O projeto chamado normalmente de “Contação de Histórias” organizou dois eventos para que a comunidade acadêmica e a comunidade externa conheçam o trabalho da ONG Doutores da Alegria. Essa organização, que existe desde 1991, não possui fins lucrativos e realiza por volta de 75 mil visitas por ano a crianças internadas em hospitais de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Belo Horizonte. Wellington Nogueira fundou a ONG que pretende levar alegria, por meio da arte do palhaço, para crianças hospitalizadas e seus pais e profissionais da saúde. Além disso, a organização compartilha a qualidade desse encontro com a sociedade, através da produção de conhecimento, formação e criações artísticas.
           Disponível em: leituraufcspa.blogspot.com/.../literatura-e-uma-forma-de-representacao.html

a)  Qual é a principal informação dessa notícia?

b) Segundo a informação esse projeto é desenvolvido pela Universidade de Porto Alegre e conta com o apoio de uma ONG. Como se chama essa ONG ?

c)  Qual o objetivo dessa Organização não governamental (ONG

d)  Qual a semelhança entre essa notícia e o conto: “As mil e uma noites?

11.  Algumas palavras foram retiradas dos textos. Separe as sílabas e classifique-as quanto à sílaba tônica escrevendo oxítona, paroxítona ou proparoxítona.

a) última: _______________________________________________
b) sultão: ______________________________________________
c) crianças: ___________________________________________

Juliana Gaburro